sábado, 31 de dezembro de 2011

São Silvestre da Amadora - 2011


Com menos de 24 horas de descanso, voltamos ao local onde somos sempre bem recebidos e felizes, a tradicional e emblemática São Silvestre da Amadora, organizada pelo Desportivo Operário do Rangel, C.M. da Amadora e Hipermercados Continente.

Este ano com a participação de atletas consagrados e apoiados por milhares de espectadores, cerca de 70.000, que todos os anos assistem a uma prova que já passou fronteiras e o reconhecimento internacional o que a torna única e sem comparação com qualquer outra prova a nível nacional, igual talvez só mesmo a Corrida das Fogueiras que encerra a época desportiva.

Hoje para correr tive(mos) que escolher entre esta prova (especial) e a São Silvestre de Lisboa, outra competição igualmente fantástica e bem organizada, mas como somos apaixonados pela prova desde a nossa 1ª. participação e pelo entusiasmo da população amadorense, se alguma vez não fizer esta prova é por algum motivo forte ou então o sonho de fazer a mundialmente famosa prova de 15 Km que decorre todos os anos no último dia do ano no Brasil, a São Silvestre de S. Paulo.

Termino desejando a Todos um excelente 2012 pleno de êxito e realizações pessoais e desportivas...até ao próximo ano na Corrida de São Domingos de Benfica.

Percurso da prova: aqui
Site da Prova: aqui
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

São Silvestre dos Olivais - 2011


Penúltimo dia do ano e pelas 21H: 00, participamos na 23ª. edição da S.Silvestre dos Olivais, organizada pela Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais e C.C.D de Olivais Sul e apoio técnico da Xistarca.

Em tempos de austeridade, recorde de participação de atletas, segundo dados da organização, mais de milhar e meio em ambiente festivo.

Com o céu estrelado em noite de lua nova a temperatura bastante baixa (6ºC), quase que dava para morrer de hipotermia, mãos e pés gelados, tiritar de frio, que só acalmou quando comecei a correr, mas desta vez  tinha a obrigação de o fazer, foram muitos os excessos cometidos no natal e nada como ajudar a queimar calorias a correr.

Desde o Grande Prémio de Natal, nenhum treino ou prova, mas senti-me  bem e leve, o Hamilton termina o ano em em forma, mas com boa margem para melhorar.

Percurso que muitos consideram de dificuldade elevada, mas no meu entender é média alta, após a partida temos um "carrocel" com cerca de 2 km, seguido de cerca 6 Km descendente e plano quando percorremos a parte da Avenida dos Oceanos na Expo, sendo que depois voltamos a subir, cerca de 3 Km de forte inclinação até ao cortar da meta.

No final outra corrida, agora para o carro para não esfriar onde (rapidamente) colocamos um casaco quentinho e rumamos a casa para um reconfortante banhozito...e comer alguma coisa!

Agora  descansar para amanhã participar na festa da Amadora: São Silvestre da Amadora

Altimetria e Percurso: aqui
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

domingo, 18 de dezembro de 2011

Grande Prémio de Natal - 2011

A Associação de Atletismo de Lisboa, Sportzone e C.M. de Lisboa, promoveram uma prova de estrada, das mais antigas que se realizam no nosso País: 54º Grande Prémio de Natal.

Além da prova principal  de 9 km, decorreram outras provas de carácter não competitivo, marcha atlética de 5 Km e corrida de diversos escalões masculinos e femininos.

O percurso da prova, igual ao do ano passado, com partida na Praça Duque de Saldanha em direcção à Churrasqueira do Campo Grande (retorno) e meta nos Restauradores em frente aos CTT.

Prova com início pontual (tardio) às 10: 50,  mas conforme o previsto, o motivo não sei, assim como não sei explicar que a prova tenha menos de 9 kms, eventualmente devido a ser um percurso (citadino) rápido e propício a obter excelentes registos.

Pessoalmente fiz uma prova razoável, uma vez que no ano passado, fiz menos 3 minutos, parti com fulgor mas no Campo Grande começaram-me a faltar pernas, para poder abordar a descida acentuada que se iniciava no Saldanha até ao final da prova.

Quanto ao desempenho do Hamilton, como é hábito um só adjectivo...brilhante! Acredito que tenha ficado bem classificado, se calhar entre os 100 primeiros, acho que fez  cerca de 30 minutos e alguns pózinhos!

Oportunidade para (re)ver os bloguistas e amigos e conhecer pessoalmente alguns atletas do Portugal Running.

Despeço-me desejando a Todos continuação de Boas-Festas, especialmente um Feliz Natal , porque até ao fim do ano ainda espero voltar ao blogue pois pretendo correr no penúltimo e último dia de 2011!

Até já...e muitas prendinhas no sapatinho!



Próxima Corrida: S.S. dos Olivais
Fotos: aqui
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Maratona Internacional de Lisboa-2011 (parte 2)


Da esquerda para a direita: Ivo Rosa, Henriqueta, Eu, Carlos Renato, José Magro e Hamilton Dias:Foto retirada pelo Rui Gameiro
If you want to run, run a mile. If you want to experience a different life, run a marathon. - Emil Zatopek

 A maratona não é somente uma prova de esforço físico fora do comum, é igualmente uma extraordinária aventura humana que transcende os valores morais e a solidariedade durante o esforço.

Qualquer prova, seja qual for a distância deve ser sempre dividida em 3 partes, seja ela uma prova de 10 Km ou uma maratona, assim o fiz mentalmente, primeiro teria que fazer 15 Km, seguidos de outros 15 Km e finalmente seriam "só" 12 Km e pouca coisa…

Como já tinha referido, passei toda a prova a ouvir rádio, logo na partida nas notícias das  09: 00, tomei conhecimento que o médico, mas também conhecido como jogador da Selecção brasileira que marcava penáltis de calcanhar,  tinha falecido devido a uma septicémia, embora triste com este acontecimento, sentia-me bem e deve ter sido a parte do percurso em que corri mais rápido. 
Com o José Magro sempre alegre e a distribuir boa disposição, parecia o Papá, toda a gente o conhecia e conhece todas gente, ao meu lado o Hamilton também com o seu MP3. 

Desde o início no relógio nunca liguei para o tempo o mostrador estava nos quilómetros efectuados e nos batimentos cardíacos, preocupava-me com que a pulsação não chegasse aos 150bpm, isso consegui na perfeição, sempre que se aproximava um  bocado mais, baixava o ritmo, nesta parte do percurso chamou-me a atenção um atleta italiano, que ia pedindo aos transeuntes que lhe tirassem fotos, ou ele próprio fotografava-se,  assim foi perto do Estádio Alvalade, no Colombo e quando estavamos ao lado do Estádio mais bonito do planeta. 
Não quis o abastecimento do 5 Km, só tendo molhado a boca no 10 Km e prescindi do 3º. abastecimento.

Nos outros 15 Km, depois de ter falhado por minha vontade o abastecimento, começamos a descer a António Augusto Aguiar, em direcção ao Marquês do Pombal, Avenida da Liberdade e mesmo com a descida acentuada, tentei não imprimir um andamento mais rápido, com a pulsação a descer tinha que ser constante, no Rossio e Cais do Sodré muita gente a assistir e a baterem palmas, uma turista aproxima-se de mim e olha para o meu dorsal, e grita eufórica o meu nome, fico espantado, olho para baixo e reparo que os dorsais eram personalizados, o Hamilton com um largo sorriso ao aperceber-se da situação ri-se, o José Magro impávido troca e baldroca com aquele ou outro atleta, mas impávido e a tentar levar o barco a bom porto, ao 25 Km. denoto uma grande quebra, ao aproximar-se o abastecimento tomo um gel de recuperação rápida, tomo água, levo outra e como uma barra de cereais de chocolate, a seguir ao CCB a minha amiga e colega Lurdes Alves, com a objectiva pronta para disparar e algumas palavras de estímulo, agora ao nosso lado o maratonista Paulo Lapão que percorre alguns quilómetros connosco e que com uma simples frase, transmite-me energia “ vais bater o teu recorde pessoal!”, abandona-nos e já no 30º. Km sinto que os joelhos começam a fraquejar, outro gel e devoro avidamente uma laranja o José Magro insiste comigo para comer bananas para evitar as câimbras, esta parte do percurso apesar de plana torna-se monótona, é um trajecto de ida e volto, mesmo com a companhia do rio Tejo.

Terceira e última parte, agora “” faltam 12 Km, para trás já estava mais de metade da prova feita, desistir aqui era morrer na praia, mas tal palavra nunca me passou pela cabeça, estava cansado, a pulsação dentro do limite estabelecido, apesar dos joelhos começarem a dar sinais, agora em ritmo ainda mais lento, o muro dos 30 km para mim era  psicológico, pois aplica-se a atletas de elite que correm abaixo das 2H:30, na sua maioria como nós surge bem mais cedo.

Aqui a pior parte do percurso, depois da zona ribeirinha, entramos na baixa lisboeta, depois da Praça do Comércio e da Praça da Figueira  enfrentar o “Adamastor” ao 35 Km começar a subir a Almirante Reis, mas aqui já nada me demovia, apesar de ritmo lento nunca parei até ao cimo, agora o Hamilton olhava-me constantemente pois apercebeu-se que por vezes tropeçava porque estava a arrastar os pés, o padrinho encorajava tomando a liderança, depois de vencido o Cabo da Tormentas, virava-me para o Hamilton levantava o polegar e dizia-lhe “já está no papo…conseguimos”, agora era usufruir do momento, à entrada do estádio o grande impulsionador desta odisseia, o Rui Gameiro a entrevistar-nos e a  dar o empurrão final! 

Após cortar a meta, abraçamo-nos e felizes dirigimo-nos para as bancadas onde efusivamente nos aguardavam, também quem não posso esquecer, a Henriqueta Solipa, Carlos Renato, Mário Lima, Joaquim Adelino, Jorge Almeida, José Carlos Melo e o Rui Gameiro.

Agora...que venha a próxima!

Da esquerda para a direita: Carlos Renato, Jorge Almeida,Henriqueta Solipa, José Lopes;Joaquim Adelino e Mário Lima
Fotos Xistarca: aqui
Vídeo da Chegada: aqui

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Maratona Internacional de Lisboa-2011


CONSEGUI(MOS)! "Yes we can!"

Há duas maneiras para fazer-se uma maratona:

1ª: Com cabeça, tronco e pernas (membros) ou seja de forma planeada e regrada, cumprindo um esquema de treinos com o minimo de 13 semanas de preparação, sendo esta a opção correcta.

2ª. Com a cabeça, modo doloroso, onde a capacidade de sofrimento e de superação têm que vir ao de cima, aqui a música "quando a cabeça não têm juízo o corpo é que paga" aplica-se na perfeição, evitarei ao máximo repetir este erro.

No príncipio de Novembro na, Corrida da Ajuda, decidimos (precipitadamente) que iríamos fazer a mítica distância, tudo porque o nosso amigo Rui Gameiro convenceu o Hamilton a fazer a maratona, ficamos com 3 semanas para a preparação fisíca e mental da mesma, na primeira semana fiz um treino longo (longão) de 30 Km e limitei-me a correr nos 2 dias posteriores distâncias curtas a um ritmo lento, semana seguinte um treino denominado de rampas, escolhendo uma subida com inclinação bem pior que a interminável Almirante Reis, para ganhar resistência e de modo que actuasse na vertente psicológica, na derradeira semana, sem muita margem para planos (treinos), para não ir cansado para a prova, somente um treino de 8Km a meio da semana e para tirar a dúvida de qual os ténis que iria utilizar, optei por escolher os já velhinhos e usados , os meus primeiros ténis, contudo nesta semana o meu foco principal incidiu na alimentação, rica em  hidratos de carbono ( massas de preferência) e pouca proteína, e para controlar a (natural) ansiedade e permitir que tivesse pelo menos 8 horas de sono, antes de dormir um remédio filantrópico.

Não tenho palavras para agradecer os incentivos e apoios, que recebi desde que decidi (mos), partir para esta aventura, onde o céu era o limite...

Sempre tive consciência que não iria ser fácil,  iria sofrer bastante fruto da insuficiente preparação e forma irregular, deste modo apostei todas as cartas no querer é poder é têm muita força (80% cabeça -20% pernas) e confesso agora que já acabou este desafio pessoal...pensava que ía sofrer bem mais e no momento que escrevo estas linhas nem as pernas me doíem (ontem durante o dia e de noite andei só com as meias de compressão)!

Como sempre o faço, na véspera tudo preparado, no bolso dos calções 4 bisnagas de gel para recuperacão rápida, 10 euros para algum imponderável caso os joelhos  joelhos desafiassem-me, mas estava determinado e confiante que acontecesse o que acontecesse nem que fosse de rastos, uma imagem do Padre Pio que me apoiar nas horas de sofrimento (dores musculares), sou um homem de fé e acredito que ela move montanhas, o meu inseparável MP3, desta vez não ouvi as "powersongs"e  por mero acaso sintonizei a Antena 2 tendo ouvido valsas do mestre Strauss e que maneira relaxante e incentivadora para correr e apreciar a beleza da cidade das sete colinas, e devo ter percorrido uma boa parte delas, num percurso irregular.

Cerca de 1500 inscritos na prova rainha, sendo que dois terços eram estrangeiros, a par desta competição decorreu tambéma  amaratona por estafetas, a meia-maratona ( partida em Santos e um percurso correspondente à segunda metade da maratona) e a Corrida Família (5Km) de cariz não competitivo.

Dia da Prova: 

Acordei cedo e depois de um duche rápido e quentinho um pequeno almoço onde bebi meio litro de bebida isotónica e comi aletria, durante a semana evitei o café e o galão substituíndo-os por chá.

Já no Estádio 1º. de Maio, em obras, que péssima imagem para quem nos visita, que foi o palco principal da partida e chegada da maratona com início às 09H: 00, breve troca de palavras e cumprimentos.

O "padrinho" José Magro, quando nos avistou , não mais largou-nos durante 5 horas, desde o começo até ao cortar da ambicionada meta, foi incansável rumo a um objectivo que era dar-nos apoio de modo que a nossa participação fosse um êxito...ou seja terminassemos a prova!

Site da Prova: aqui
Resultados da Prova: aqui
Fotos Joaquim Ferreira: aqui
A minha prova: aqui