Recomeçar...começar de novo, de um lugar, em algum ponto, através de um gesto ou acto, às vezes com uma simples palavra ou questão de atitude.
Porquê o recomeço ou começar de novo como diz a música da cantora brasileira Simone e tema de uma telenovela da qual não recordo o nome, se cada partida é apenas um momento, o regresso é surgir de um novo desafio para enfrentar, ganhar não é sinónimo medalhas e troféus, é termos percepção real das nossas capacidades fisícas e psicológicas e ao correr estarmos bem connosco próprios, contribuindo deste modo para melhorar a nossa saúde e bem-estar libertando as poderosas endorfinas que nos proporcionam sensações ímpares e únicas.
Do dia de ontem que passou, os dias antes de ontem e os muitos anteriores deixaram para trás as frustações, objectivos por vezes ilusórios ou superficiais e outros reais por concretizar e que nos fazem sonhar, tempos que pretendia fazer mas que por um ou outro motivo não foram alcançados, provas que pretendia disputar e não fiz, tempos que gostava de alcançar e não consegui, mas procurar por respostas e desculpas esfarrapadas afinal não custa e é o mais fácil, o que é necessário é encontrar soluções e tentar resolver as barreiras com que nos deparamos.
Viver... é recomeçar!
Agora faço uma pausa ...mas que texto é este que estou a escrever:-P
Para quê esta "cantiga" se simplesmente a intenção é voltar/recomeçar a pôr este blogue activo e dizer que as férias por aqui (escrita) já acabaram assim como as desportivas, agora trabalho árduo ( embora correr têm que ser sempre com prazer) e treinar para a primeira prova da época que pretendemos participar: Trilhos de Monsanto " Lisboa Verde".
Hoje acordei cedo e indeciso entre treinar na Marginal ou além do Tejo, mas acabei por dirigir-me para a Costa da Caparica, em Agosto não se paga portagens e entrando no Eixo Norte-Sul não há semáforos nem trânsito, Lisboa fica deserta este mês, eram cerca de 6H: 15 e já estava no calçadão ou paredão como é usual dizerem, deixei o carro estacionado perto do restaurante " Mar Puro" e vieram à memória boas recordações do convívio anual relacionado com a temática da corrida a pé, o tempo estava bastante agradável, e com a brisa marítima iniciei a minha corrida "solitária" ao som das minhas músicas, embora só ,notei a presença dos casais de namorados que passeavam de mão dadas e os boémios que alegremente davam sonoras gargalhadas.
Sem eira nem rumo, iá aonde o destino e o vento me levavam, pretendia unicamente adquirir ritmo e Kms nas pernas, não me interessava outro tipo de treino, o cansaço era natural, respiração rápida e ofegante mas que normalizou quando baixei ainda mais o andamento que já de si era brando, as pernas pesadas os ténis como chumbo, por instantes decidi saír e percorri parte do percurso do G.P. Atlântico, a meio desloquei-me em direcção à Cova do Vapor, contudo receoso de encontrar cães vadios, só o latir deles já me deixa com o cabelo em pé e arrepiado, não conhecia esta localidade pescatória e novamente inovo, sigo em frente e deparo-me com a praia de Sº. João da Caparica, que frequentava na adolescência e outrora era um extenso areal, hoje em dimensão é somente uma sombra do passado e penso que privativa, a areia estava solta e fugi das dunas para correr na areia junto ao Rio, pois é aqui que se faz a junção entre o rio e o mar.
Nenhum veraneante ao alcance do meu olhar, só gaivotas na areia áspera, o burbulhar das ondas a rebentar ...a cidade dormia.
Passo em ritmo lento pelo Parque de Campismo do Inatel e apanho uma bola de ténis, estou de regresso ao Calçadão, agora já com a companhia de alguns desportistas a caminhar outros a correr, vou até a extremidade final com a bola no chão chutava -a e ao mesmo tempo divertia-me ao correr atrás da mesma que por vezes fazia com que acelarasse a passada e assim aumentando o ritmo...fenomenal até parecia que tinha descoberto a pólvora :-))
Aventureiro vou ao encontro da areia e permaneço junto da água em direcção à Fonte da Telha, o piso estava duro e consistente, embora ligeiramente inclinado, mas percorridos alguns metros fica de novo plano, volto a jogar a bola, que por vezes teimosamente deslocava-se para as ondas, peguei nela e segui o meu caminho incerto..agora apanhava conchas que achava bonitas para decoração do aquário e por vezes, entre o dilema de saltar as poças grandes ou ir para as dunas para não molhar o calçado a opção era sempre. forçada.. ficar com os pés molhados embora não fosse a minha vontade :))
Finalmente chego ao meu destino, inúmeras habitações clandestinas e já algum alvoroço na praia, viro-me para trás e no horizonte longínquo a Costa da Caparica, hesitante tomo a decisão errada de regressar pelo asfalto, ao subir a encosta tive que marchar penosamente, o Sol escondido pelo céu ligeiramente encoberto manifestava-se pelo calor que começava a imperar, volvidos algumas dezenas de metros vêm-me ao pensamento que se ainda tivesse trazido algum dinheiro no bolso apanhava um transporte público, nem que fosse um táxi, mas em vão lembrei-me que a carteira tinha ficado em casa, com todas as implicações que deste procedimento inadevertido poderia advir conduzir sem documentação (multa), e já num estado que não sei definir...caminhar marchar ou andar, estava sedento e a ficar desidratado, os carros velozes passavam indiferentes a um doido desconhecido, ainda em sentido contrário passou um carro patrulha da GNR e pensei pedir boleia... agora surgiam vários pensamentos estúpidos mas finalmente a Costa da Caparica já não era miragem.
Cheguei junto do carro e prontamente e através de um gesto nato de sobrevivência bebi a tão desejada bebida isotónica, 1 litro em três/quatro goles, comi 1 carcaça com goiabada e após breve descanso fui para um retemperador banho nas águas "fazer" praia.
No final do treino em ritmo de passeio e brincadeira foram efectuados 30 Km.
Tempo: 04: 25; 07"
Frequência Cardíaca:
RC Médio: 129 bpm-70%
RC máximo: 152 bpm-82%
Calorias: 1654 Kcal
Porquê o recomeço ou começar de novo como diz a música da cantora brasileira Simone e tema de uma telenovela da qual não recordo o nome, se cada partida é apenas um momento, o regresso é surgir de um novo desafio para enfrentar, ganhar não é sinónimo medalhas e troféus, é termos percepção real das nossas capacidades fisícas e psicológicas e ao correr estarmos bem connosco próprios, contribuindo deste modo para melhorar a nossa saúde e bem-estar libertando as poderosas endorfinas que nos proporcionam sensações ímpares e únicas.
Do dia de ontem que passou, os dias antes de ontem e os muitos anteriores deixaram para trás as frustações, objectivos por vezes ilusórios ou superficiais e outros reais por concretizar e que nos fazem sonhar, tempos que pretendia fazer mas que por um ou outro motivo não foram alcançados, provas que pretendia disputar e não fiz, tempos que gostava de alcançar e não consegui, mas procurar por respostas e desculpas esfarrapadas afinal não custa e é o mais fácil, o que é necessário é encontrar soluções e tentar resolver as barreiras com que nos deparamos.
Viver... é recomeçar!
Agora faço uma pausa ...mas que texto é este que estou a escrever:-P
Para quê esta "cantiga" se simplesmente a intenção é voltar/recomeçar a pôr este blogue activo e dizer que as férias por aqui (escrita) já acabaram assim como as desportivas, agora trabalho árduo ( embora correr têm que ser sempre com prazer) e treinar para a primeira prova da época que pretendemos participar: Trilhos de Monsanto " Lisboa Verde".
Hoje acordei cedo e indeciso entre treinar na Marginal ou além do Tejo, mas acabei por dirigir-me para a Costa da Caparica, em Agosto não se paga portagens e entrando no Eixo Norte-Sul não há semáforos nem trânsito, Lisboa fica deserta este mês, eram cerca de 6H: 15 e já estava no calçadão ou paredão como é usual dizerem, deixei o carro estacionado perto do restaurante " Mar Puro" e vieram à memória boas recordações do convívio anual relacionado com a temática da corrida a pé, o tempo estava bastante agradável, e com a brisa marítima iniciei a minha corrida "solitária" ao som das minhas músicas, embora só ,notei a presença dos casais de namorados que passeavam de mão dadas e os boémios que alegremente davam sonoras gargalhadas.
Sem eira nem rumo, iá aonde o destino e o vento me levavam, pretendia unicamente adquirir ritmo e Kms nas pernas, não me interessava outro tipo de treino, o cansaço era natural, respiração rápida e ofegante mas que normalizou quando baixei ainda mais o andamento que já de si era brando, as pernas pesadas os ténis como chumbo, por instantes decidi saír e percorri parte do percurso do G.P. Atlântico, a meio desloquei-me em direcção à Cova do Vapor, contudo receoso de encontrar cães vadios, só o latir deles já me deixa com o cabelo em pé e arrepiado, não conhecia esta localidade pescatória e novamente inovo, sigo em frente e deparo-me com a praia de Sº. João da Caparica, que frequentava na adolescência e outrora era um extenso areal, hoje em dimensão é somente uma sombra do passado e penso que privativa, a areia estava solta e fugi das dunas para correr na areia junto ao Rio, pois é aqui que se faz a junção entre o rio e o mar.
Nenhum veraneante ao alcance do meu olhar, só gaivotas na areia áspera, o burbulhar das ondas a rebentar ...a cidade dormia.
Passo em ritmo lento pelo Parque de Campismo do Inatel e apanho uma bola de ténis, estou de regresso ao Calçadão, agora já com a companhia de alguns desportistas a caminhar outros a correr, vou até a extremidade final com a bola no chão chutava -a e ao mesmo tempo divertia-me ao correr atrás da mesma que por vezes fazia com que acelarasse a passada e assim aumentando o ritmo...fenomenal até parecia que tinha descoberto a pólvora :-))
Aventureiro vou ao encontro da areia e permaneço junto da água em direcção à Fonte da Telha, o piso estava duro e consistente, embora ligeiramente inclinado, mas percorridos alguns metros fica de novo plano, volto a jogar a bola, que por vezes teimosamente deslocava-se para as ondas, peguei nela e segui o meu caminho incerto..agora apanhava conchas que achava bonitas para decoração do aquário e por vezes, entre o dilema de saltar as poças grandes ou ir para as dunas para não molhar o calçado a opção era sempre. forçada.. ficar com os pés molhados embora não fosse a minha vontade :))
Finalmente chego ao meu destino, inúmeras habitações clandestinas e já algum alvoroço na praia, viro-me para trás e no horizonte longínquo a Costa da Caparica, hesitante tomo a decisão errada de regressar pelo asfalto, ao subir a encosta tive que marchar penosamente, o Sol escondido pelo céu ligeiramente encoberto manifestava-se pelo calor que começava a imperar, volvidos algumas dezenas de metros vêm-me ao pensamento que se ainda tivesse trazido algum dinheiro no bolso apanhava um transporte público, nem que fosse um táxi, mas em vão lembrei-me que a carteira tinha ficado em casa, com todas as implicações que deste procedimento inadevertido poderia advir conduzir sem documentação (multa), e já num estado que não sei definir...caminhar marchar ou andar, estava sedento e a ficar desidratado, os carros velozes passavam indiferentes a um doido desconhecido, ainda em sentido contrário passou um carro patrulha da GNR e pensei pedir boleia... agora surgiam vários pensamentos estúpidos mas finalmente a Costa da Caparica já não era miragem.
Cheguei junto do carro e prontamente e através de um gesto nato de sobrevivência bebi a tão desejada bebida isotónica, 1 litro em três/quatro goles, comi 1 carcaça com goiabada e após breve descanso fui para um retemperador banho nas águas "fazer" praia.
No final do treino em ritmo de passeio e brincadeira foram efectuados 30 Km.
Tempo: 04: 25; 07"
Frequência Cardíaca:
RC Médio: 129 bpm-70%
RC máximo: 152 bpm-82%
Calorias: 1654 Kcal