segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Maratona Internacional de Lisboa-2011


CONSEGUI(MOS)! "Yes we can!"

Há duas maneiras para fazer-se uma maratona:

1ª: Com cabeça, tronco e pernas (membros) ou seja de forma planeada e regrada, cumprindo um esquema de treinos com o minimo de 13 semanas de preparação, sendo esta a opção correcta.

2ª. Com a cabeça, modo doloroso, onde a capacidade de sofrimento e de superação têm que vir ao de cima, aqui a música "quando a cabeça não têm juízo o corpo é que paga" aplica-se na perfeição, evitarei ao máximo repetir este erro.

No príncipio de Novembro na, Corrida da Ajuda, decidimos (precipitadamente) que iríamos fazer a mítica distância, tudo porque o nosso amigo Rui Gameiro convenceu o Hamilton a fazer a maratona, ficamos com 3 semanas para a preparação fisíca e mental da mesma, na primeira semana fiz um treino longo (longão) de 30 Km e limitei-me a correr nos 2 dias posteriores distâncias curtas a um ritmo lento, semana seguinte um treino denominado de rampas, escolhendo uma subida com inclinação bem pior que a interminável Almirante Reis, para ganhar resistência e de modo que actuasse na vertente psicológica, na derradeira semana, sem muita margem para planos (treinos), para não ir cansado para a prova, somente um treino de 8Km a meio da semana e para tirar a dúvida de qual os ténis que iria utilizar, optei por escolher os já velhinhos e usados , os meus primeiros ténis, contudo nesta semana o meu foco principal incidiu na alimentação, rica em  hidratos de carbono ( massas de preferência) e pouca proteína, e para controlar a (natural) ansiedade e permitir que tivesse pelo menos 8 horas de sono, antes de dormir um remédio filantrópico.

Não tenho palavras para agradecer os incentivos e apoios, que recebi desde que decidi (mos), partir para esta aventura, onde o céu era o limite...

Sempre tive consciência que não iria ser fácil,  iria sofrer bastante fruto da insuficiente preparação e forma irregular, deste modo apostei todas as cartas no querer é poder é têm muita força (80% cabeça -20% pernas) e confesso agora que já acabou este desafio pessoal...pensava que ía sofrer bem mais e no momento que escrevo estas linhas nem as pernas me doíem (ontem durante o dia e de noite andei só com as meias de compressão)!

Como sempre o faço, na véspera tudo preparado, no bolso dos calções 4 bisnagas de gel para recuperacão rápida, 10 euros para algum imponderável caso os joelhos  joelhos desafiassem-me, mas estava determinado e confiante que acontecesse o que acontecesse nem que fosse de rastos, uma imagem do Padre Pio que me apoiar nas horas de sofrimento (dores musculares), sou um homem de fé e acredito que ela move montanhas, o meu inseparável MP3, desta vez não ouvi as "powersongs"e  por mero acaso sintonizei a Antena 2 tendo ouvido valsas do mestre Strauss e que maneira relaxante e incentivadora para correr e apreciar a beleza da cidade das sete colinas, e devo ter percorrido uma boa parte delas, num percurso irregular.

Cerca de 1500 inscritos na prova rainha, sendo que dois terços eram estrangeiros, a par desta competição decorreu tambéma  amaratona por estafetas, a meia-maratona ( partida em Santos e um percurso correspondente à segunda metade da maratona) e a Corrida Família (5Km) de cariz não competitivo.

Dia da Prova: 

Acordei cedo e depois de um duche rápido e quentinho um pequeno almoço onde bebi meio litro de bebida isotónica e comi aletria, durante a semana evitei o café e o galão substituíndo-os por chá.

Já no Estádio 1º. de Maio, em obras, que péssima imagem para quem nos visita, que foi o palco principal da partida e chegada da maratona com início às 09H: 00, breve troca de palavras e cumprimentos.

O "padrinho" José Magro, quando nos avistou , não mais largou-nos durante 5 horas, desde o começo até ao cortar da ambicionada meta, foi incansável rumo a um objectivo que era dar-nos apoio de modo que a nossa participação fosse um êxito...ou seja terminassemos a prova!

Site da Prova: aqui
Resultados da Prova: aqui
Fotos Joaquim Ferreira: aqui
A minha prova: aqui